quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Começaram as vendas dos ingressos para os desfiles do Carnaval de SP

Confira o preço dos ingressos para o carnaval de São Paulo 2011, que já estão à venda. Fonte G1  :

Cadeira de Pista
Setores Grupo Especial
(dias 4 e 5 de março de 2011)
Grupo de Acesso
(dia 6 de março de 2011)
Desfile das Campeãs
(dia 11 de março de 2011)
A   R$ 160 R$ 45 R$ 85
R$ 390 R$ 60 R$ 200
R$ 250 R$ 60 R$ 130
E   R$ 160 R$ 47 R$ 85
F   R$ 160 R$ 47 R$ 85
G   R$ 320 R$ 60 R$ 130
H   R$ 280 R$ 60 R$ 140
   
Mesa de pista (quatro lugares):

Setores Grupo Especial
(dias 4 e 5 de março de 2011)
Grupo de Acesso
(dia 6 de março de 2011)
Desfile das Campeãs
(dia 11 de março de 2011)
A   R$ 1 mil R$ 230 R$ 520
B   R$ 1,7 mil R$ 275 R$ 870
D   R$ 1,5 mil R$ 280 R$ 690
E   R$ 800 R$ 230 R$ 500
R$ 800 R$ 230 R$ 500
R$ 1,8 mil R$ 280 R$ 690
H   R$ 1,7 mil R$ 275 R$ 870

Arquibancada:
Setores Grupo Especial
(dias 4 e 5 de março de 2011)
Grupo de Acesso
(dia 6 de março de 2011)
Desfile das Campeãs
(dia 11 de março de 2011)
A   R$ 60 R$ 25 R$ 45
B   R$ 110 R$ 30 R$ 60
C   R$ 110 R$ 30 R$ 60
R$ 100 R$ 30 R$ 50
E   R$ 45 R$ 25 R$ 45
F   R$ 45 R$ 25 R$ 45
G   R$ 150 R$ 30 R$ 50
R$ 110 R$ 30 R$ 60
J   R$ 60 R$ 25 R$ 45

Aula de Harmonia com Robson de Oliveira

  
 (à esquerda: carnavalesco da Escola de Samba Unidos do Peruche Amarildo; ao centro: Robson de Oliveira; à direita: presidente da Escola de Samba Unidos do Peruche Rodolfo)

No universo carnavalesco, ele é conhecido como "Comandante do Samba". Assim, Robson de Oliveira, ex-presidente da Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo, responsável por reestruturar o Carnaval Paulistano.

No último domingo,16/01, Robson esteve na quadra da Unidos do Peruche, escola de pertence ao Grupo Especial do Carnaval de São Paulo para uma palestra denominada Simpose Técnico, destinada ao grupo de Harmonia da Escola.

Na palestra, Robson enalteceu que cada componente deve ter o comprometimento de fazer da sua parte, para o desfile, o melhor que puder. Relatou que os jurados são apresentados aos presidentes dias antes do desfile de cada escola, e que é nesse encontro que cada presidente deve fazer com que esse momento seja único, mostrando e a eles os projetos que a escola desenvolve e que irá apresentar na avenida do samba durante o desfile.

Durante sua gestão na Liga , Robson determinou que cada escola deveria ser julgada paralelamente à outra. No Carnaval atual, as notas são comparativas e isso dá o que falar. Dizem nos bastidores do samba, que a escola que abre o desfile da festa é a cotada para ser a ''bola da vez'' a ser baixada, pois as outras que seguem podem ser superiores a primeira. Para Robson, isso é um blefe, pois tudo pode acontecer durante o desfile.
Ele reforçou que os presidentes das Escolas de Samba devem fiscalizar os jurados, ou avaliadores, como são chamados hoje em dia, seja no hotel, ao embarcar para o sambódromo e até mesmo quando tiver na cabine que ficará no decorrer do desfile, pois isso gera um effeito psicológico e surge efeito. Assim, os avaliadores saberão que seu trabalho também é julgado.

E para finalizar sua palestra, hoje, segundo Robson, cada Escola de Samba do Grupo Especial do Carnaval de São Paulo ganha uma verba de R$ 900 mil, já as do Grupo de Acesso, uma espécie de 2ª divisão, R$ 100 mil.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Revista + DVD + CD Liga

Está melhor do que a edição passada. A Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo lançou há duas semanas o kit do carnaval 2011. Vozes do Carnaval só teve acesso hoje ao material. É muito bom. A inovação esteve mais uma vez presente no material, onde as pessoas que pertencem às escolas puderam participar da gravação dos sambas-enredos, dando assim, uma valorização ao espetáculo proporcionado e aos foliões das comunidades. O material pode ser adquirido todos os domingos, nas bancas de jornais, por R$19,90.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Vozes do Carnaval entrevista Daniel Collete

 
 (À esquerda, o compositor Xandinho, junto com Daniel Collete)

Começar com o pé direito, esse é o propósito desse blog que, visa, acima de tudo, identificar as raízes do samba-enredo e mostrar os preparativos das escolas de samba para o maior espetáculo da Terra: o Carnaval.

E o nosso primeiro entrevistado vem do Rio de Janeiro.Daniel Collete, intérprete da escola de samba Dragões da Real, que integra o Grupo de Acesso do carnaval paulistano é considerado como um dos melhores da atualidade. Já defendeu escolas do Rio do Janeiro, como Beija-Flor de Nilópolis e, em São Paulo, já atuou em escolas de como X-9 Paulistana e Mocidade Alegre.

Sua carreira no samba, deu inicio em Nilópolis, município de 400 km quadrado que Collete nasceu, por esse motivo, era inevitável o sambista não entrar para esse mundo, que tem como principais referências os sambistas Cabana e Martinho da Vila, que foi padrinho da bateria mirim da Beija-Flor quando Daniel fazia parte do quadro.

Para ele, o samba-enredo, dentro de uma agremiação, tem o peso de 70% para a construção do espetáculo: "Ah, é, pode “botar” que “é” 70%. Não só começa o samba-enredo. Ele começa na escolha do tema, assim, a feitura da sinopse, que tem que ser uma sinopse acessível ao compositor, para que ele possa construir uma boa obra. E todo esse caminhar, aí, são 70% para que a escola possa cantar bem na Avenida e tirar boas notas", diz o sambista.

Confira, abaixo, na íntegra, algumas perguntas que o Vozes do Carnaval elabaorou para o consagrado Daniel Collete:

O samba-enredo está passando por uma crise, devido o mercado fonográfico?
Ó, cara. Não só o samba, mas eu acredito que no geral. Mas, eu acredito que a maior crise que o samba passa não é só o lance do fonográfico e, sim, da comercialização do samba. Eu vou te explicar como! As escolas, hoje, procuram fazer enredos que possam angariar fundos, enredo que tenha patrocínio e, com isso, fica presa a muita coisa que tem que fazer uma coisa comercial, que tenha que fazer uma coisa que esteja no contrato e que tenha que mostrar pra escola. Então, fica muito comprometido até chegar para se fazer o samba e levar pra Avenida. Então, a espontaneidade, a alegria, aquilo tudo natural fica um pouco comprometido pra quando chega à Avenida.

Você acredita que o carnaval de São Paulo esteja carente de algo?
Olha, cara, carente de organização, assim: é lamentável o lance que tem Liga e Super Liga. Cada um tem o seu lado, cada um tem o seu motivo, mas eu acho que antes de qualquer coisa, todos deviam pensar no total, no carnaval de São Paulo, que parece que tem dois ou três anos que existe Super Liga. Se eles forem analisar bem, já há dez anos, esses três anos “demorou”, o nosso carnaval demorou há crescer dez anos, entendeu? É um retardo de dez anos. Podia “tá” muito mais longe, se você for fazer uma comparação com a década de 80, 90, está maravilhoso, mas podia “tá” muito maior se não houvesse essa divisão e esses interesses individuais, que é um grande problema.

Dentre os presidentes que já passaram pela Liga de São Paulo, em sua opinião, teve algum que cravou seu nome dentro do samba paulistano?
Olha, cara, eu acho assim: até com os defeitos, eu acho que todos foram de suma importância. Por quê? Porque não se vive só de resultados positivos, não é? Na vida, a gente tem, em cima dos erros, se obter grandes vitórias. Então, na vida, nada melhor do que transferir isso pra esse lance do governamento do nosso samba. Erraram, acertaram e, assim, o carnaval vai crescendo.


O que representa uma fase de eliminatória de samba-enredo?
Cara, eu sou da época que essa festa, aí, é a maior festa de uma escola de samba, onde todo mundo se reuni, pessoas que se conhecem, ou não se conhecem, pessoas que participam da escola, pessoas que não participam, é uma grande reunião. Os rivais se confraternizam, brincam. A gente encontra todos os colegas intérpretes, colegas compositores. Obvio, natural, que só vai um para Avenida, aí, chega lá no palco, todo mundo fica de boa, mas é a maior festa que tem numa escola de samba.
 
  (À esquerda, o compositor Xandinho, junto com Daniel Collete e filhos, o intérprete Edson Liz )

Por que muitos intérpretes defendem seus sambas em diversas escolas, nos dias atuais?
Não, não é atual não, já faz algum tempo! Por exemplo: você é compositor de um samba e tem dez sambas, vinte sambas concorrendo, cada um quer fazer o melhor, quer o seu samba melhor interpretado. O que eles fazem? Contratam intérpretes para virem defender o samba  da melhor forma possível, colocar uma boa cara, uma boa apresentação, como se fosse uma vitrine. Na vitrine, você usa de várias marcas de roupa pra poder colocar uma vitrine bonita. É a mesma coisa com o samba-enredo! Pra colocar um negócio legal, aflorado, bonito pra que possa funcionar.

Qual escola de samba, em São Paulo, você se identifica mais?
 Cara, eu cheguei aqui (SP) em 1996, cheguei, aqui, pra X-9 Paulistana, pelo qual eu tenho um grande carinho, pelo qual eu fazia parte até esse ano de 2010 e agora me transferi para a Dragões da Real. Eu tenho um grande carinho pela X-9, um grande carinho pelo povo da Mocidade Alegre, aquele som é maravilhoso, crescemos juntos e tenho um carinho enorme pela Dragões da Real, que é uma escola que tem dez anos e eu os ajudo desde 2004, quer dizer, nós nos ajudamos desde 2004. E tenho um carinho pelo samba de São Paulo total. Pra você ter ideia, alguns dias atrás, eu fui à primeira vez no Vai-Vai. Eu nunca tinha ido disputar um samba-enredo lá. É uma coisa impressionante, uma energia que tem lá, eu fiquei arrepiado com toda aquela energia, lá. Então, quer dizer, cada dia que passa, a gente toma carinho por mais escolas, porque cada uma tem uma identidade legal.
 
  (Daniel Collete e intépretes na disputa do samba-enredo, na fase semi-final, na escola de samba Acadêmicos do Tucuruvi)

Existe alguma receita para se manter com o sucesso?
            Ah, rapaz! O sucesso não “é” nós... É o pessoal que acha. Porque é assim, o samba é arte popular e a gente não é bom sozinho. Eu sou um pobre, tem sempre um time atrás de mim, sempre tem o povo da escola, obvio, natural, que a gente lida na frente com o microfone da escola, a gente vê um povo à frente que está maravilhoso, aquela energia, a gente troca energia e acaba saindo as mirabolantes, as loucuras que a gente faz e acaba correspondendo e todo mundo gosto. Mas, o sucesso é o povo, todo mundo junto. O samba é arte popular.